Em 2007, o jornalista Orli Rodrigues realizou algumas expedições de São Gonçalo, cidade onde mora na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a diversas cidades costeiras do Estado e também de São Paulo. A bordo do “Belo Horizonte”, nome dado ao barco a remo, ele foi até Cabo Frio (8 dias), Paraty (14 dias) e Ilha Bela, em São Paulo (27 dias). Era a realização de um sonho e de um projeto chamado “Dos remos faço asas”.
E assim como milhares de cidades no Brasil e no mundo, São Gonçalo também tem enfrentado a pandemia do novo coronavírus. E para amenizar as adversidades entre os mais necessitados, Orli Rodrigues, que é membro fundador da Primeira Igreja Batista em Praia das Pedrinhas, decidiu colocar o “Belo Horizonte” em atividade mais uma vez, surgindo então o projeto “Barco da Solidariedade”.
A bordo do “Belo Horizonte”, ele decidiu revisitar as comunidades ribeirinhas do município e viu a necessidade que as famílias mais carentes têm enfrentado. Com a ajuda do primo Carlos Magno, Orli adaptou o barco a uma pequena carreta e percorre os bairros de São Gonçalo arrecadando alimentos e produtos de higiene e limpeza.
Num primeiro momento, foram arrecadados 465 quilos de alimentos que beneficiaram 31 famílias. As doações foram repassadas para o Movimento de Mulheres Guerreiras em Ação, presidida por Carmem Lessa, que já atua na cidade há vários anos e teve a iniciativa de organizar uma campanha beneficente. Com auxílio de voluntárias, o MMGGA montou cestas básicas que foram distribuídas às famílias de pescadores no entorno do Rio Imboaçu, no bairro do Boaçu.
Orli, o "Belo Horizonte" e seu primo Carlos Magno continuarão a percorrer as ruas de São Gonçalo em busca de donativos para as famílias dos pescadores, ribeirinhos e outras carentes. “Graças a Deus, a população de São Gonçalo se mexeu e a gente pôde fazer um pouco para ajudar essas pessoas. Na verdade, a gente começou, e agora vamos continuar”, afirma Orli.
Fonte: CPAD News